hummingbird with the heart of a whale

das pessoas como cebolas

Sempre que a visitava tirava uma camada. Queria ver mais, ver por dentro, ver o que não sabia se havia, mas recusava-se a perguntar.
De cada vez que voltava, arrancava uma camada. Outra. Mais outra. Quando chegou à última, percebeu que arrancara cada gesto, cada chama, cada momento, cada pensamento. Tudo. Já não havia mulher.

5 comentários:

A Professorinha disse...

E quando ao retirar todas as camadas nos apercebemos que as pessoas afinal não valiam nem metade do que nós julgávamos??

Beijos

kelly disse...

a adversidade é o melhor amigo da verdade, nisto de nos relacionarmos. é aí que vemos os diferentes lados/camadas/faces das pessoas.
beijos e força professorinha!!

Miguel Martins disse...

... e tudo que ficou foi o cheiro a refogado!

kelly disse...

só fica cheiro a refogado quando há as chamas da paixão;)

Anónimo disse...

Cozinharei para ti sempre quem quiseres.

a doceira (mail)

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