hummingbird with the heart of a whale

coração que não vê...


segura, pela distância, disse-lhe, no sabor do vazio, que não o amava.

pensou melhor e confessou-lhe, sempre longe:

- só quando olhar para ti saberei se te menti.

e decidiu nunca mais vê-lo.

5 comentários:

Anónimo disse...

Adeus...

kelly disse...

é brilhantemente surreal ler uma despedida de um anónimo. no mínimo. porque um anónimo não tem existência.

Miguel Martins disse...

"who's afraid of the big bad _____": wolf | love | anonymous


Eu aqui, armado em Provedor do T&L:

Por definição um anónimo é um desconhecido, um não-revelado. São variadas as razões para o ser!
Um anónimo não é um inexistente.
Aliás, invocando um argumento ontológico, neste mundo virtual (e mesmo no outro) a existência do anónimo é equiparável à existência da raquel. As unicas manifestações que deles temos são as suas palavras e indo mais além, tanto um como o outro são intrinsecamente desconhecidos deles próprios e de todos os outros, por um princípio de incomunicabilidade.
Aqui só importaria, já passando para um argumento legalista, pensar na atribuição de responsabilidades. O que , para já, não vem aos caso.
No entanto, as intervenções do anónimo até me parecem positivas e, mais do que positivas, parecem-me "enche-ego-de-raquel".
Posto isto, e admitindo que que cada parágrafo admitiria desenvolvimento e justificação, declaro, para os devidos efeitos, que:
- o ser anónimo não põe em causa a existência do próprio anónimo;
- o anónimo tem o direito de se despedir, mesmo que não desapareça para todo o sempre no seu anonimato.
- o mais engraçado é que cada um poderá assumir, para os efeitos que lhe aprouver, a existência/personagem do anónimo! (Até porque o/a moço/a diz umas frases de engate interessantes.)
- confirma-se, portanto, que um dos melhores afrodisíacos é o alimentar a curiosidade.

Raquel (para ver se lucro ;) de alguma maneira com estes 'episódios'):

EU -BLOP- É QUE SOU O ANÓNIMO!

Anónimo disse...

é sempre uma boa estratégia... vou usá-la...

Lu

kelly disse...

assim que inseri o meu comentário, percebi o erro: aqui somos todos anónimos. uns mais do que outros.
quem estuda isto dos blogues e dos nicks sabe (e poderá explciar melhor do que eu) que, por norma, é mais provável rever-se a vida de uma pessoa no seu blog, quando esta pessoa opta por se "esconder" atrás de um nick.

blop, concordo contigo quando dizes que "neste mundo virtual (e mesmo no outro) a existência do anónimo é equiparável à existência da raquel."
acho que o que realmente importa nos blogues, na pouca importância que têm, é o conjunto de ofertas que têm para nós, enquanto leitores/frequentadores dos mesmos. o prazer que nos dão, o sabor que deixam na nossa memória, a vontade de voltar para descobrir um novo post. por outras palavras: na blogosfera pouco importa quem diz o quê, importa muito mais o que diz.

"No entanto, as intervenções do anónimo até me parecem positivas"
de facto, ler o anonymous tem sido uma delícia. cheguei aliás a dizer, num qq post passado, que a verdadeira beleza deste blog estava nos comentários. graças, em boa parte, ao(à) anonymous.
portanto, resta-me agradecer aos meus lindos leitores/escritores!
saúde!

a doceira (mail)

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