World Press Photo
foi esta fotografia que me tirou duas gotas de água salgada, que as fez rebolar discretamente rosto abaixo.
continua a chocar-me a inocência e leveza com que lançam o olhar, inconscientes da realidade que os marca e marcará para sempre. aparentemente indiferentes ao desastre gigantesco que aconteceu e que continuará a fazer-se ver...
8 comentários:
lembro-me tão bem do momento em que os meus olhos viram essa foto... é quase como se fosse impossível conter o assombro da imagem que nos faz questionar ainda mais, porquê...
exactamente! faz-me perguntar também: até que ponto merece o Homem andar cá?
deixaremos de andar, está certo, porque é assim que funciona, mas o nosso processo está a ser acelerado pela nossa prórpia ganância: tudo nos tem que "servir", tudo, até que esse "tudo" esteja morto ou esgotado.
Pensar no mundo?
Pensar nas atrocidades do mundo?
Pensar no que fazemos das atrocidades do mundo?
Pensamos sobre o que pensamos do que fazemos das atrocidades do mundo?
Deixemos também os nossos olhos descansar... Sem os desviar da atenção que merece o amor que temos ao nosso lado.
Deixemos também os nossos olhos sentir... Sem as prisões que nos são causadas... pelas atrocidades do mundo.
Olho para o mundo com estes olhos. Estes olhos que nunca renegam o olhar para o mundo e o olhar-te a ti nos olhos. Mesmo que não estejas a olhar para mim. Porque estás demasiado ocupada a olhar o mundo?
Seja...
essa foto, um postal dos dias com lágrimas...
onde é que isto vai parar? ainda alguém tem dúvidas?
anonymous: consegue-se olhar para tudo, desde que não queiramos tudo.
abraço
pe:
isto NÃO vai parar, há-de continuar, continuar, continuar... mas de outras formas
Raquel: Não percebo o teu comentário... não devemos querer tudo? Devemos controlar as ânsias, os afectos, as dedicações? É assim que o mundo avança? Com a direcção do cérebro? Eis o resultado do cérebro humano: basta olhar a fotografia que nos mostraste nest post...
não sejamos maniqueístas, por favor
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